Procedimento do circuit breaker na B3:

Caso o índice ^BVSP (IBOV) caia 10% em relação ao fechamento do dia anterior, os negócios são interrompidos por trinta minutos. Reaberta a negociação, caso a queda avance a 15% do fechamento anterior, há nova interrupção, dessa vez de uma hora. Por fim, caso a oscilação negativa atinja os 20% do fechamento anterior, a B3 poderá suspender os negócios em todos os mercados, por prazo definido a seu critério. Nessa hipótese, a decisão deverá ser comunicada ao mercado.

Na última meia hora de funcionamento do pregão, as regras acima não serão acionadas. Caso haja interrupção dos negócios na penúltima meia hora de negociação, quando reabertos, o horário será prorrogado em no máximo mais trinta minutos, sem qualquer outra interrupção, de maneira que se garanta um período final de negociação de trinta minutos corridos.

Esse mecanismo é implementado para proteger o investidor? Não! As bolsas de valores do mundo inteiro trabalham com uma série de sistemas automatizados de corretoras e parceiros comerciais, que lançam milhares de ordens de compra e venda diariamente, incluindo as chamadas ordens de 'stop loss' (que definem um ponto mínimo para que a posição seja zerada). Com uma queda tão brusca, essas ordens acabam sendo 'atropeladas' e perdem sua função. Para evitar esse cenário, as bolsas implementam o circuit breaker como um mecanismo de segurança, dando tempo para que essas ordens de controle sejam 'reiniciadas' e mitigando a volatilidade do efeito dominó.