TL;DR: ON, sempre!

O debate sobre os tipos de ações é um assunto que permeia os meios de comunicação e parece acalentar discussões fervorosas e impasses intermináveis sobre qual o melhor instrumento para se tornar sócio de empresas. Com a intenção de tornar essa postagem a mais sucinta possível, não elencarei características técnicas como direito a voto em assembléias, tag along mínimo ou preferência no recebimento de proventos, optando, ao invés, por realizar outro tipo de análise, mais breve.

Qual ação devo aportar, então? O investidor deve optar pela mesma classe de ações do sócio majoritário, simples assim. Dessa forma, ações ordinárias são a melhor forma de investir propriamente em empresas, uma vez que as decisões sobre a gestão da companhia tendem a beneficiar os proprietários a longo prazo e não necessariamente os financiadores (investidores que detêm ações preferenciais).

Há diversas teses defendendo a compra do tipo que estiver mais 'descontado', ou inferindo que no final não faz diferença nenhuma optar por um tipo específico. Essa forma de pensamento, no entanto, parece ser focada em um horizonte curto de prazo, e não leva em consideração que o investimento em ações é um processo 'ad aeternum'; ao longo da jornada, inevitavelmente vários tipos de eventos corporativos devem acontecer. Talvez em poucos meses não faça de fato diferença para o pequeno investidor. Contudo, em um intervalo de anos, ou até décadas, a garantia de possuir a mesma classe de acões do majoritário ou controlador certamente vai colocar a sorte a seu favor.