A ineficiência dos fundos de investimento
- Fundos
- 23 JUL 2020
- investo!
Investir em fundos de qualquer modalidade (DI, debêntures, cambial, ouro, ações, multimercados, etc.) significa sobretudo delegar a um administrador a tarefa de gerenciar seu patrimônio. Em um primeiro momento, parece interessante a contratação de um serviço dessa natureza, uma vez que espera-se que o gestor tenha o 'know-how' necessário para a tomada das melhores decisões.
Qual o motivo da ineficiência, então?
Há diversos fatores. Primeiramente, o investidor, quando aplica dinheiro em um fundo aberto, adquire suas cotas. Os ativos em si são de propriedade da pessoa jurídica representada pelo fundo, de forma que não há nenhum tipo de proteção em caso de perda (mesmo para fundos DI, atrelados majoritariamente em ativos de renda fixa).
Além disso, para 'bater o mercado' e oferecer uma rentabilidade atrativa para os cotistas, o gestor é obrigado a lançar mão de uma série de iniciativas que podem não corresponder ao perfil de risco do investidor. Em épocas de alta, a procura é grande e as compras são contínuas. Em momentos de queda, a busca por liquidez ocasiona um movimento forte de saída e o gestor se vê forçado a girar o patrimônio do fundo. Esses movimentos antagônicos cobram um custo caro no resultado a longo prazo.
Adicionalmente, incide sobre alguns fundos o chamado 'come cotas', que nada mais é que a antecipação do imposto de renda devido. Sendo constantemente debitado, essa quantia acaba não contribuindo para o efeito exponencial dos juros compostos, novamente prejudicando o resultado no longo prazo.
Por fim, há diversas taxas em potencial embutidas na atividade de um fundo, como de carregamento, de administração, de performance, de saída/resgate, etc., todas com o mesmo objetivo: remunerar o gestor, independente do resultado do fundo. Ou seja, ainda que o fundo 'quebre' e fique com patrimônio líquido negativo, forçando o cotista a aportar mais dinheiro para sanar a dívida, o administrador do fundo será remunerado por sua 'gestão'.
Face ao exposto, é fácil concluir a ineficiência de fundos de investimentos abertos como instrumento de investimento. Nós do investo! gostamos de reforçar que a pessoa mais indicada para adminstrar seu patrimônio é você mesmo.