Rentabilidade: a máquina de triturar sardinha
- Mercado
- 24 JUL 2020
- investo!
Quando começamos a jornada financeira, é inevitável conter a ansiedade de obter retornos expressivos sobre o capital investido, ou desejar que o patrimônio produza renda imediatamente. Conforme o investidor se aprofunda em conhecimentos teóricos e experiências práticas, ele passa a desenvolver um senso crítico que valoriza sobretudo a disciplina de aportar constantemente em valor, independente do instrumento escolhido.
Dessa forma, tentar mensurar o resultado de um investimento meramente pela rentabilidade, principalmente em um horizonte curto de prazo, leva inexoravelmente ao 'giro' em busca de um maior retorno. O efeito deletério dessa prática pode ter grande repercussão no acúmulo de patrimônio ao longo do tempo. Assim, o foco deve ser sempre em constância e valor, já que bons investimentos tendem a trazer resultados que representem seus fundamentos.
Além disso, independentemente da taxa contratada em um determinado título, nada supera o aporte contínuo ao longo do tempo (uma vez que taxa multiplica e o tempo exponencia), disparando o efeito avassalador dos juros compostos. Portanto, o principal foco do investidor deve ser aumentar o valor dos aportes mensais, se qualificando e procurando evoluir no trabalho para que isso aconteça.
Acompanhar, comparar ou basear decisões de investimento meramente em rentabilidade fará com que o investidor fique em um ciclo interminável de giro de capital, tendo seu patrimônio corroído por atritos de mercado (tributos, taxas, corretagens, emolumentos, etc.). Essa prática impedirá a chegada à última barra do gráfico:
