O principal objetivo do investidor deve ser manter patrimônio investido em valor pelo maior prazo possível. A diversificação adequada permite reduzir ao máximo impactos no consolidado total, mitigando riscos inerentes ao mercado:

• Empresas podem apresentar súbita perda de fundamentos, tanto por questões de governança, quanto por fatores externos;
• Regras de tributação de renda sofrem alterações o tempo todo;
• FIIs podem perder seus inquilinos (ou credores, em caso de fundos de papel), passar por problemas grave de gestão, ou mudança de estratégia de portifólio;
• No âmbito da renda fixa, instituições financeiras ou empresas podem não horar o vencimento de títulos de crédito privado, ou o investidor pode ser afetado por processo de perda do valor da moeda;
• Imóveis físicos podem sofrer desvalorização por algum evento relacionado à localização: deterioração urbana, aumento da criminalidade, etc.;

Como é difícil prever todas as combinações de situações passíveis de acontecer ao longo da jornada do investidor, a diversificação entre diferente classes de ativos se faz necessária, incluindo investimentos no exterior. Imaginando um cenário que um ou mais setores possam sofrer repercussões em períodos diversos, você consegue aprimorar a diversificação colocando as chances a seu favor no longo prazo.

Qual critério aplicar para a diversificação? O ativo (ou classe de ativos) deve ter valor e ter bons fundamentos. Não se trata de adicionar diversas empresas/instrumentos de forma aleatória e sim alocar capital em valor.

Quantos ativos? Essa talvez seja a dúvida mais recorrente. A resposta, contudo, é surpreendentemente simples: quantos ativos quiser. Não há problemas investir em empresas concorrentes no mesmo setor, por exemplo, se ambas geram valor. Não há problemas em investir em vencimentos longos distintos no Tesouro Direto ou vários FIIs que exploram serviços logísticos. O único requisito é que os fundamentos relacionados à governança, risco e retorno estejam alinhados com o seu objetivo.