Em artigos anteriores apresentamos as possibilidades de operações em datas no futuro em dois tipos de mercado: termo e futuros. Abordaremos nesse texto as chamadas 'opções'.

Resumidamente, o mercado de opções negocia contratos derivativos (em que o preço de mercado deriva de outro instrumento financeiro, como ações) os quais estipulam a compra ou venda de um ativo a um preço predeterminado dentro de um intervalo de tempo.

Para serem negociados, os contratos de opções devem possuir as seguintes características:

• preço de exercício: mais conhecido por sua nomenclatura em inglês 'strike price', ou simplesmente 'strike', é o valor predeterminado do ativo no futuro;
• prêmio: representa o valor do contrato negociado entre as partes, ou seja, seu preço;

Quem compra um contrato é chamado 'titular da opção', pode adquirir tanto uma opção de compra (em inglês 'call'), que representa o direito de comprar o ativo na data futura, ou uma opção de venda (em inglês 'put'), que representa o direito de vender o ativo na data futura, ambos ao preço de strike. Para tanto, é pago exatamente o valor do prêmio.

A contraparte da operação, o vendedor, assume a obrigação de vender ou comprar o ativo nas condições determinadas no contrato, caso o comprador exerça o seu direito, e é remunerada pelo pagamento do prêmio.

Assim, o prêmio é o preço pago pelo comprador da opção para ter o direito de comprar (call) ou vender (put) determinado ativo ao preço de exercício (strike) durante um intervalo de tempo até o vencimento da opção, quando o contrato 'vira pó' (perde sua validade).

As opções sobre ações têm vencimento na terceira segunda-feira de cada mês. A liquidação da negociação é realizada em D+1, no primeiro dia útil subsequente à negociação e a liquidação do exercício é feita em D+3, no terceiro dia útil após o dia do exercício.

Similar às outras modalidades, as garantias podem ser depositadas tanto na forma de cobertura ou margem, conforme padrões estabelecidos pela bolsa.