Os programas de recompra de ações de emissão da própria companhia consistem na compra a mercado dos títulos para custodiá-los em sua tesouraria. É um método já difundido em países como os Estados Unidos e tem sido adotado por algumas empresas brasileiras. Há uma série de vantagens na adoção dessa prática:

• Oscilações de mercado: a empresa considera que o mercado não está avaliando corretamente seu real valor, por um momento irracional de queda nos preços;
• Remuneração de executivos/funcionários: as ações são oferecidas como estímulo ao aumento de produtividade/metas;
• Cancelamento das ações;
• Utilização em futuras aquisições.

A recompra acarreta diferentes implicações para os acionistas de acordo com o destino das ações compradas. Sempre que um título está em tesouraria ele não recebe proventos, o que acaba sendo um beneficio indireto ao sócio por ter, dessa forma, maior participação no capital social da empresa.

Em caso de cancelamento, o acionista passa a ter permanentemente uma fatia maior da companhia, o que proporciona um valor maior na distribuição de proventos pelas mesmas ações que detém.

No cenário de venda futura dos títulos em caixa, o ganho de capital será adicionado aos lucros da empresa e distribuído aos acionistas como proventos a partir do evento não recorrente.

Adicionalmente, as ações podem ser utilizadas em aquisições e fusões como meio de financiamento. Há diversas empresas que fazem uso de vários mecanismos descritos, como a remuneração de funcionários com ações, ao mesmo tempo que cancelam anualmente até 5% das ações negociadas.