Clubes de investimento são boas opções para diversificação?
- Mercado
- 17 SET 2020
- investo!
TL;DR: não!
Um clube de investimento, por definição, é junção de recursos de pessoas físicas, que se associam com intuito de aportar em títulos e valores mobiliários. Segue, pois, a mesma premissa de investimento coletivo como os fundos abertos (e portanto as mesmas ineficiências), porém com maiores restrições, como:
- dispensa de registro na CVM;
- a gestão da carteira do clube pode ser realizada pelos próprios cotistas, eleitos via assembléia geral;
- limite de no mínimo três e no máximo cinquenta participantes;
- a administração deve ser realizada por sociedade corretora ou distribuidora, banco de investimento ou múltiplo com carteira de investimento;
- deve ser constituído sob a forma de condomínio aberto;
- a carteira dos clubes de investimento deve ser composta por, pelo menos, 67% de títulos com lastro em ações (como bônus de subscrição, debêntures conversíveis de companhias listadas, recibos de subscrição, cotas de fundos de ações negociados em bolsa ou mercado organizado, etc.);
- o clube deve definir um Estatuto Social próprio;
- um único cotista não pode exceder titularidade de mais de 40% do total das cotas do clube.
De forma análoga aos fundos de investimento, o patrimônio do clube é composto por cotas, que constituem valores mobiliários sujeitos à fiscalização da CVM. Todas as deliberações acerca dos interesses do clube são tratadas na Assembléia Geral, que tem plenos poderes para decidir as matérias em questão. Por fim, o retorno ao cotista dependerá exclusivamente da valorização das cotas, ligada à apreciação dos ativos que compõem a carteira do clube.