Efeitos da especulação e arbitragem no mercado

Efeitos da especulação e arbitragem no mercado



A especulação com valores mobiliários consiste na assunção do risco de mercado de uma operação financeira pela variação de preço do ativo, com intuito da realização de lucro. Contudo, a negociação está sujeita a todas as oscilações de mercado e, portanto, apuração de prejuízo. Nesse cenário, as posições podem ficar em aberto por diferentes períodos de tempo, de poucos segundos a meses, mas invariavelmente o resultado será a diferença medida entre o preço de aquisição e o de venda.

Dessa forma, as práticas especulativas acabam tendo como efeito colateral o aumento da liquidez de um determinado ativo (exatamente pela facilidade de entrada e saída da posição), tendo efeito benéfico aos mercados. Obviamente, encontrar um padrão de tendencia e o melhor 'timing' para efetuar as operações requer um grau de conhecimento (muitas vezes traduzido em pura sorte) que impede que o investidor médio consiga obter ganhos econômicos significativos explorando meramente as breves discrepâncias que por ventura aconteçam no processo de formação de preços de um ativo no mercado.

Apesar da arbitragem ter um objetivo semelhante, ou seja, obtenção de ganhos econômicos sobre a assimetria de preços de um mesmo ativo, o grande diferencial reside no risco reduzido da operação (podendo inclusive ser inexistente). Na maior parte dos casos, o arbitrador toma proveito do lapso de tempo entre a aquisição e a venda para apurar lucro, uma vez que o preço justo do ativo não foi alcançado. A própria prática de arbitragem causa a convergência dos preços, e a velocidade em que eles se equilibram reflete a eficiência de um determinado mercado. Abordamos, em um artigo anterior, uma forma muito comum de arbitragem em fundos imobiliários: a 'flipagem'.

Em relação às modalidades, a prática de arbitragem é classificada conforme os seguintes tipos:

  • Entre bolsas: consiste na negociação de um mesmo ativo em mercados diferentes, auferindo lucro exatemente pela diferença de preço entre as duas praças;
  • À vista contra a prazo: explora o lucro advindo da diferença entre o preço de um ativo à vista e no futuro (via derivativos ou subscrição, por exemplo);
  • Cambial: lucro apurado pela operação de câmbio entre uma moeda em dois mercados diferentes, em períodos curtos de tempo.

Como a principal meta do agente especulador é alavancar o seu capital, preferencialmente no menor horizonte possível, é inevitável que ele assuma riscos consideravelmente altos, justificados pela expectativa de ganhos expressivos que compensem essa grande exposição. Já a contraparte arbitradora toma proveito de variações na diferença de preços entre ativos ou posições no mercado, assumindo níveis de risco comparativamente inferiores. Em ambos casos, o volume agregado das transações ocasiona um saudável ganho de liquidez no mercado, que indiretamente beneficia o investidor a longo prazo.

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